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5 dicas para desenvolver o pensamento crítico

Tempo de Leitura: 3 minutos

Todos os dias enfrentamos um oceano de decisões e escolhas, algumas são pequenas e sem importância, mas outras têm um grande impacto nas nossas vidas. 

Assim, ao sermos atingidos com tantas questões diariamente, torna-se impossível fazer sempre a escolha certa. Contudo, há várias formas de melhorar as nossas hipóteses, sendo que existe uma técnica especialmente eficaz: o pensamento crítico. Este, é um modo de abordar os nossos problemas/dúvidas, permitindo-nos “desconstruir” uma situação, revelar questões ocultas (como os preconceitos e a manipulação) e tomar a melhor decisão, dentro do possível.

Existem diferentes formas de encarar e, posteriormente, desenvolver o pensamento crítico, sendo que iremos apresentar 5 dicas que te podem ajudar a resolver uma série de dilemas:

      1. Formular as tuas questões/dúvidas

O que queremos dizer com “formular as tuas questões/dúvidas” significa, por outras palavras, saber do que é que estamos à procura – o que nem sempre é tão claro. 

Por exemplo, vemos uma publicidade de uma dieta da moda e surge o desejo de experimentar; mas as razões dessa vontade podem estar “ocultas” por outros fatores, como afirmações de que “iremos ver resultados em apenas duas semanas”. Porém, se abordarmos a situação com uma visão nítida do que pretendemos alcançar ao fazer essa dieta, quer seja perda de peso, melhorar a nossa alimentação ou ganhar mais energia, isso permitir-nos-á analisar essas informações com mais atenção, encontrar aquilo que realmente queremos e, finalmente, decidir se a nova moda satisfaz aquilo que precisamos.

      2. Reunir informações

Estamos, claramente, na era digital, onde a partilha de informação é constante e de rápido acesso. Portanto, reunir dados relevantes, que nos irão ajudar a ter uma ideia clara do problema que enfrentamos, tornará o nosso caminho mais acessível. 

Utilizando o exemplo acima referido, se quisermos atingir o objetivo de melhorar a nossa alimentação através da dieta da moda, podemos consultar um/a nutricionista ou procurar testemunhos de outras pessoas. Assim, esta recolha de informação ajudar-nos-á a pesar as diversas opções, aproximando-nos duma decisão que satisfaça o nosso objetivo.

      3. Aplicar o que foi assimilado 

Isto é algo que conseguimos através de perguntas críticas, ou seja, ao enfrentarmos uma decisão, pensemos: 

  • Que conceitos estão implicados?
  • Que pressupostos existem?
  • A minha forma de interpretação será lógica?

Por exemplo, recebemos um email referente à possibilidade de ganharmos descontos, numa loja de roupa que adoramos, através da submissão de um formulário com dados pessoais, incluindo os dados do nosso cartão de crédito; não obstante, devemos considerar: “Parto do princípio de que o remetente está a dizer a verdade?” ou “Com base nas evidências, é lógico pensar que vou realmente ganhar descontos?” – este autoquestionamento irá tornar o nosso veredicto mais conciso e sucinto.

      4. Considerar as implicações

Imaginem que retomamos o mês das campanhas e eleições presidenciais e, um dos candidatos políticos, tem no seu manual de propostas a promessa de oferecer gasolina mais barata aos condutores utilizadores (apoiado pelo PAN não seria, de certeza), caso ganhe as eleições. À primeira vista, parece ótimo. 

Contudo, quais serão os efeitos ambientais a longo prazo? Para além de aumentar a poluição do ar, diminuiria a qualidade do mesmo e aumentava o número de casos de doenças respiratórias, o que não iria nada atenuar as alterações climáticas. Por isso, se os custos baixos facilitarem o uso da gasolina, as consequências dessa medida deverão ser previamente pensadas evitando, assim, o avanço da mesma.

      5. Explorar diversos pontos de vista

Ainda no ramo da política, já se questionaram o porquê de tanta gente ser atraída pelos princípios do candidato político de oposição? Mesmo que discordem com tudo o que esse candidato diz, explorar o espetro total de pontos de vista pode explicar porque é que certas políticas que não nos parecem válidas, atraem a outros.

Isto, permitir-nos-á observar alternativas, avaliar as nossas escolhas e, por fim, ajudar a tomar uma decisão bem informada e consciente.

Estas 5 dicas são apenas ferramentas para servir de meio na tomada de decisão de várias hipóteses e, certamente, não eliminarão os impasses da nossa vida. Mas, podem ajudar-nos a aumentar o número de escolhas positivas que fazemos.

Uma pessoa que utiliza o pensamento crítico sujeita todas as opções disponíveis à análise e ceticismo. Assim, ao usar as ferramentas à sua disposição vai eliminando tudo o que não sejam informações úteis e fiáveis.