Muitas pessoas que ambicionam o perfeccionismo estabelecem padrões que são demasiado elevados, rígidos ou impossíveis de alcançar.
Nós compreendemos que ser perfeccionista poderá ter-nos ajudado muito ao longo da vida, poderá ser uma das razões pelas quais conseguimos atingir aquele objetivo no topo da montanha. Entendemos que o perfeccionismo, apesar de estar muitas vezes ligado ao negativo, poderá ser de onde resulta grande parte do nosso génio.
Realçamos a importância de encontrar o equilíbrio onde o perfeccionismo nos pode ajudar e não cair no inconveniente do perfeccionismo. Tais como, projetos que falham por obsessão ou que nunca chegaram a descolar:
- Não começar a ler porque não decidimos qual seria o livro ideal;
- Não começar a estudar porque não determinamos a forma mais ótima de reter toda a informação.
A nossa tendência para o perfecionismo poderá surgir do receio de falhar.
O Perigo do Perfeccionismo:
O perigo do perfecionismo é que nos rouba da oportunidade de crescer e torna-se uma meta inatingível. Quando a nossa vida se baseia em afirmações “se-então” (Se “conseguir isto”, então “estarei satisfeit@”).
As Vertentes do Perfeccionismo:
Existem duas vertentes pelas quais podemos pensar no perfeccionismo:
- Perfeccionismo Construtivo: Que é saudável, onde se encontra satisfação em atingir desafios que exigem esforço e que se tolera uma margem de erro;
- Perfeccionismo Destrutivo: Que não é saudável, onde somos, muitas vezes, vítimas de auto-crítica e auto-sabotagem.
Como Permitir que o Perfeccionismo se torne numa Força?
Como podemos transformar a nossa tendência perfeccionista destrutiva numa força? Ainda bem que perguntam, encontramos as nossas respostas no seguinte:
Criar objetivos SMART:
Poderás ter aprendido no teu curso o significado deste acrónimo. Objetivos SMART são objetivos:
- eSpecíficos, devem ser objetivos delimitados com clareza;
- Mensuráveis, significa que os objetivos precisam de uma forma de medir o seu progresso;
- Atingíveis, os objetivos não podem ser impossíveis, devem ser desafiantes e realizáveis;
- Relevantes, devem ser objetivos que contribuam para onde desejamos chegar;
- Temporais, ou seja, definidos num prazo específico de tempo.
Focar no Controlável:
Um dos perigos do perfeccionismo é que se foca em circunstâncias fora do nosso controlo como métrica de sucesso, tais como:
- Perceção do nosso trabalho;
- Obstáculos que irão aparecer.
Dificilmente controlamos aquilo que está para além do nosso controlo. Permite com que o teu perfeccionismo seja o ato de “agir” e não a ideia de “cumprir objetivos”.
Conhecer o ponto de esforço que quando atingido, a qualidade geral começa a decrescer:
Não focar excessivamente no perfeccionismo, não significa contentar-nos por um trabalho desleixado, percebemos que temos ambições que procuram o melhor de nós. Não focar no perfeccionismo, significa compreender quando o esforço adicional deixa de compensar o custo. Este esforço adicional poderá ser identificado como as pequenas alterações obsessivas que não farão a diferença no sucesso global do projeto.
Para concluir…
Poderás estar a utilizar o teu perfeccionismo como combustível para reforçar a motivação nas tuas atividades mas, se não tivermos atenção, muito rapidamente se poderá tornar numa pressão tão paralisante que nos poderá fazer desistir antes de começar, assoberbad@s pela montanha de esforço.
É louvável desafiar-nos para sermos extraordinári@s, mas precisamos de compreender que a perfeição não existe. É uma construção social, tendo cada pessoa os seus próprios padrões. Portanto, desafia-te para atingires o excepcional mas compreende quando é tempo de dizer “Está feito!”
“A máxima, “Nada prevalece senão a perfeição”, pode ser soletrada Paralisia.”
Winston Churchill