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O Perigo do Perfeccionismo

Tempo de Leitura: 2 minutos

Muitas pessoas que ambicionam o perfeccionismo estabelecem padrões que são demasiado elevados, rígidos ou impossíveis de alcançar.

Nós compreendemos que ser perfeccionista poderá ter-nos ajudado muito ao longo da vida, poderá ser uma das razões pelas quais conseguimos atingir aquele objetivo no topo da montanha. Entendemos que o perfeccionismo, apesar de estar muitas vezes ligado ao negativo, poderá ser de onde resulta grande parte do nosso génio.

Deste modo, não te vamos dizer para te satisfazeres com trabalho desleixado.

Realçamos a importância de encontrar o equilíbrio onde o perfeccionismo nos pode ajudar e não cair no inconveniente do perfeccionismo. Tais como, projetos que falham por obsessão ou que nunca chegaram a descolar:

  • Não começar a ler porque não decidimos qual seria o livro ideal;
  • Não começar a estudar porque não determinamos a forma mais ótima de reter toda a informação.

A nossa tendência para o perfecionismo poderá surgir do receio de falhar.

O Perigo do Perfeccionismo:

O perigo do perfecionismo é que nos rouba da oportunidade de crescer e torna-se uma meta inatingível. Quando a nossa vida se baseia em afirmações “se-então” (Se “conseguir isto”, então “estarei satisfeit@”).

As Vertentes do Perfeccionismo:

Existem duas vertentes pelas quais podemos pensar no perfeccionismo:

  • Perfeccionismo Construtivo: Que é saudável, onde se encontra satisfação em atingir desafios que exigem esforço e que se tolera uma margem de erro;
  • Perfeccionismo Destrutivo: Que não é saudável, onde somos, muitas vezes, vítimas de auto-crítica e auto-sabotagem.

Como Permitir que o Perfeccionismo se torne numa Força?

Como podemos transformar a nossa tendência perfeccionista destrutiva numa força? Ainda bem que perguntam, encontramos as nossas respostas no seguinte:

Criar objetivos SMART:

Poderás ter aprendido no teu curso o significado deste acrónimo. Objetivos SMART são objetivos:

  • eSpecíficos, devem ser objetivos delimitados com clareza;
  • Mensuráveis, significa que os objetivos precisam de uma forma de medir o seu progresso;
  • Atingíveis, os objetivos não podem ser impossíveis, devem ser desafiantes e realizáveis;
  • Relevantes, devem ser objetivos que contribuam para onde desejamos chegar;
  • Temporais, ou seja, definidos num prazo específico de tempo.

Focar no Controlável:

Um dos perigos do perfeccionismo é que se foca em circunstâncias fora do nosso controlo como métrica de sucesso, tais como:

  • Perceção do nosso trabalho;
  • Obstáculos que irão aparecer.

Dificilmente controlamos aquilo que está para além do nosso controlo. Permite com que o teu perfeccionismo seja o ato de “agir” e não a ideia de “cumprir objetivos”.

Conhecer o ponto de esforço que quando atingido, a qualidade geral começa a decrescer:

Não focar excessivamente no perfeccionismo, não significa contentar-nos por um trabalho desleixado, percebemos que temos ambições que procuram o melhor de nós. Não focar no perfeccionismo, significa compreender quando o esforço adicional deixa de compensar o custo. Este esforço adicional poderá ser identificado como as pequenas alterações obsessivas que não farão a diferença no sucesso global do projeto.

Para concluir…

Poderás estar a utilizar o teu perfeccionismo como combustível para reforçar a motivação nas tuas atividades mas, se não tivermos atenção, muito rapidamente se poderá tornar numa pressão tão paralisante que nos poderá fazer desistir antes de começar, assoberbad@s pela montanha de esforço.

É louvável desafiar-nos para sermos extraordinári@s, mas precisamos de compreender que a perfeição não existe. É uma construção social, tendo cada pessoa os seus próprios padrões. Portanto, desafia-te para atingires o excepcional mas compreende quando é tempo de dizer “Está feito!”

“A máxima, “Nada prevalece senão a perfeição”, pode ser soletrada Paralisia.”

Winston Churchill